Foi, na minha opinião, um bom jogo de futsal. Por vezes, nem uma nem outra equipa tiveram o melhor discernimento no momento de construção de jogo, mas houve boas trocas de bola, foi um jogo veloz e os Congo continuam a ser, para mim, das equipas que melhor futsal praticam.Por isso mesmo, ontem, sabíamos que o segredo do jogo poderia estar numa defesa coesa e no aproveitamento dos nossos lances de ataque para bater um menos rodado guarda-redes (Machado). E assim fizemos...No primeiro tempo conseguimos conter bem os nossos amigos africanos, que apenas por duas ou três vezes levaram o perigo junto da nossa baliza. Nós acabámos também por ter alguns remates em contra-ataque, mas o nulo ao intervalo adequava-se à forma como as equipas defenderam.
Na 2ª parte a história foi outra. Os Congo entraram fortes, aceleraram a circulação de bola e aproveitaram alguns períodos de menos entrosamento defensivo da nossa parte para chegarem aos golos. 2 golos num curto espaço de tempo e poderiam até ter feito mais um ou outro golo, em lances que acabaram por falhar em situação favorável. E lá diz o ditado que quem não marca se arrisca a sofrer. Os Congo sofreram o 2-1 num lance de pura sorte, com o Pedro Soares a tentar cruzar uma bola para dentro da área, que saiu na direcção da baliza e enganou um Machado que tentou adivinhar o lance.
Faltavam cerca de 5minutos para o final e nós galvanizamo-nos. Tentámos subir mais no terreno, pressionar mais na área contrária e foi a tentar recuperar a bola mais cedo que conseguimos aproveitar alguns erros na transição defesa-ataque e fazer o empate a 3minutos do final e o 2-3, que consumava a cambalhota, a menos de 1minuto do fim. Pedimos um desconto para falar. Estávamos na frente (contra a justiça do jogo, mas a justiça no futsal é feita pelos golos), tinhamos que ser extremamente coesos a defender, pois já contávamos com a subida dos Congo nos últimos segundos.
E assim foi... Defendemos bem, defendemos fechados... Inclusivamente, numa bola perdida, o Leandro poderia ter feito o 2-4.
(...) Um jogo de futsal tem Quarenta Minutos, divididos em duas partes de 20. É o que está estipulado! É o que está nas regras da Mini-Liga. Ontem assistimos a um novo conceito... Primeira parte com 20 minutos... Segunda com........ 21 (!?!?). Não se entende porquê. Há lançamento para os Congo. Com a bola fora, o árbitro que estava junto da mesma faz sinal com as mãos para o outro arbitro. O sinal de acabar com o jogo foi muito claro. Toda a equipa do Gaiathynaikos relaxou a pensar que o jogo iria acabar, visto que JÁ PASSAVA DA HORA. Toda a equipa viu o gesto, alguns jogadores dos Congo viram o gesto... o público (e ainda era bastante) também viu o gesto. O que se passou depois foi que o Arbitro não acabou o jogo porque decidiu dar descontos. Decisão nunca vista... ainda para mais num jogo que de pausas teve muito muito poucas. E se as tiver havido que se parasse o cronómetro nessa altura. Porque se o árbitro que tem o cronómetro tivesse também um apito, certamente que ao ver o tempo esgotado tinha acabado o jogo. Mas não o fizeram. Os Congo marcaram o 3-3 na sequência desse lançamento, a bola foi ao meio e o jogo terminou.
Foi mau demais, acabou por se fazer alguma justiça no marcador (os Congo foram superiores e não mereciam perder de maneira nenhuma), mas da pior forma!
Carlos Rodrigues